Semae recomenda economia de água em Mogi das Cruzes diante de escassez hídrica
Sistema Alto Tietê registra menor nível dos últimos dez anos
Diante da crise hídrica que atinge bacias estratégicas da Região Metropolitana de São Paulo, o Semae de Mogi das Cruzes reforça o apelo à população para o uso consciente da água. Embora a cidade ainda não enfrente racionamento, a autarquia orienta a economia imediata como forma de preservar os níveis dos reservatórios e garantir o abastecimento.
Desde agosto, a Sabesp reduziu a pressão noturna em diversas cidades, medida que pode ser estendida caso o quadro se agrave. O Sistema Alto Tietê, responsável por parte do fornecimento, opera com apenas 23,1% de sua capacidade — o menor volume desde 2015.
“Com ações simples no dia a dia, é possível preservar milhares de litros de água por mês, contribuindo com o meio ambiente e evitando interrupções no fornecimento”, alerta o Semae.
Medidas simples fazem diferença
Entre as principais recomendações estão:
- Tomar banhos curtos, de até 5 minutos, desligando o chuveiro enquanto se ensaboa
- Fechar a torneira ao escovar os dentes ou ao lavar louças
- Lavar roupas somente com a máquina cheia
- Evitar mangueiras em calçadas, jardins e veículos, substituindo por baldes, vassouras e regadores
- Reutilizar água sempre que possível
- Corrigir vazamentos internos e não deixar torneiras pingando
Um banho consciente pode economizar até 80 litros de água. Já uma torneira aberta por cinco minutos consome cerca de 50 litros. Em um mês, os desperdícios somam milhares de litros por residência.
Instalação de caixa d'água é essencial
O Semae orienta que todas as residências tenham caixa d’água com capacidade mínima de 200 litros por morador. Isso garante autonomia de até 24 horas em caso de interrupções para manutenção ou por baixa pressão.
Por exemplo, uma família com cinco pessoas deve contar com um reservatório de pelo menos mil litros.
Sistema Alto Tietê em alerta
A Agência SP Águas declarou oficialmente a situação de escassez em setembro, motivada pela estiagem que atinge o Estado. O Sistema Alto Tietê, composto pelas represas Paraitinga, Ponte Nova, Biritiba, Jundiaí e Taiaçupeba, apresenta níveis críticos, sendo a pior situação registrada na represa Jundiaí, com apenas 11,6% de volume.
Confira a evolução do volume útil das represas em 15 de outubro de cada ano:
- 2025: 23,1%
- 2024: 43,4%
- 2023: 64,2%
- 2022: 47,3%
- 2021: 38,3%
- 2020: 57,7%
- 2019: 84,9%
- 2018: 47%
- 2017: 47,6%
- 2016: 38,9%
- 2015: 14,6%
- 2014: 9,9%
Os dados são do Portal dos Mananciais da Sabesp, com atualizações diárias.