Em sessão ordinária realizada nesta segunda-feira (6/10), a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovou a Moção nº 185/2025, que manifesta apoio ao Projeto de Lei nº 2.387/2023, atualmente em tramitação no Senado Federal. A proposta reconhece os Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs) como integrantes da carreira do Magistério.
A moção é de autoria do vereador Bi Gêmeos (PSD) e dos integrantes da Comissão Permanente de Educação: Edu Ota (Pode), Inês Paz (PSOL), Johnny da Inclusão (Avante), Malu Fernandes (PL) e Priscila Yamagami (PP). O texto destaca a importância de valorizar os profissionais que atuam diretamente no cuidado e desenvolvimento das crianças na primeira infância.
“É necessário cuidar de quem cuida. Os ADIs estão diariamente no chão da escola, lado a lado com as crianças, exercendo uma verdadeira função docente. Eles educam, acolhem e formam cidadãos do futuro”, afirma o documento aprovado pelo parlamento mogiano.
Vereadores destacam valorização da categoria
Durante a votação, o vereador Bi Gêmeos destacou o papel essencial desses profissionais. “Esses profissionais são fundamentais para o aprendizado das crianças. Sou pai do Davi e posso garantir: a sala de aula é um lugar de afeto, e quem dá colo e ensina são os ADIs. Eles precisam ser reconhecidos como professores”, afirmou.
A vereadora Inês Paz reforçou a importância da proposta em tramitação no Congresso Nacional. “Esse projeto é de autoria da deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL) e está em análise no Senado. Negar o caráter docente dessa atuação é uma injustiça histórica. Essas profissionais exercem uma função essencial que exige reconhecimento, formação continuada e remuneração digna”, defendeu.
A coautora Priscila Yamagami também elogiou a iniciativa. “Quando fui vice-prefeita, pleiteei esse benefício para as ADIs em Mogi. Elas educam com dedicação e responsabilidade. Como dizer que isso não é educar? Parabenizo o vereador Bi Gêmeos por trazer esse tema novamente ao debate”, disse.
Já a vereadora Malu Fernandes destacou o caráter de gênero e o vínculo da proposta com as políticas de primeira infância. “Recebemos essa demanda há anos e já realizamos reuniões e audiências sobre o tema. A maioria dessas profissionais é formada por mulheres. Portanto, é também uma questão de gênero. Educar na primeira infância é exercer o magistério”, pontuou.
Movimento nacional e impacto local
A Moção nº 185/2025 também faz referência ao movimento nacional “Somos Todas Professoras”, que dá visibilidade à luta dos auxiliares infantis pela inclusão no Estatuto do Magistério. O documento será encaminhado ao Senado Federal como demonstração do apoio institucional da Câmara de Mogi das Cruzes à causa.