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Novembro Azul: especialista da USP fala sobre mitos e verdades do câncer de próstata

Urologista Maurício Cordeiro traça um breve panorama da doença e dos tratamentos hoje à disposição, sem esquecer de mencionar a importância dos exa...

25/11/2025 08h25
Por: Redação Fonte: Secom SP
No Brasil, é estimado para este ano mais de 75 mil diagnósticos, com a mortalidade podendo chegar acima de 17 mil homens
No Brasil, é estimado para este ano mais de 75 mil diagnósticos, com a mortalidade podendo chegar acima de 17 mil homens

A campanha Novembro Azul tem o objetivo de alertar os homens sobre o perigo representado pelo câncer de próstata, segundo mais comum entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.

No Brasil, é estimado para este ano mais de 75 mil diagnósticos, com a mortalidade podendo chegar acima de 17 mil homens, o que significa uma morte a cada 30 ou 40 minutos. Em seu início, o câncer de próstata é uma doença assintomática, não apresentando sintomas, o que torna fundamental a realização de exames preventivos, como os de PSA e toque retal.

A doença é classificada de acordo com o nível de risco de gravidade – o de alto risco engloba os mais agressivos, requerendo, portanto, tratamentos igualmente mais agressivos.

Os parâmetros que ajudam nessa classificação são o PSA, o exame clínico e o de toque retal na próstata, além do resultado da biópsia, que traz uma classificação patológica, denominada classificação de Gleason. É através da combinação desses fatores que é possível classificar o paciente com baixo, intermediário ou alto risco.

“Assim nós conseguimos diagnosticar cânceres de próstata que estão no início, em que a chance de cura é acima de 90%. Agora, se os pacientes forem esperar por sintomas como dificuldade para urinar, sangramento na urina, dores na bacia, dores na coluna, a gente já está falando de uma doença extremamente agressiva e incurável na maioria dos casos”, alerta o médico urologista Maurício Cordeiro, coordenador no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e assistente da Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (referência em cirurgia robótica e laparoscópica urológica).

Ele aconselha a todos os homens acima de 50 anos de idade, sem fator de risco, ou acima dos 45 anos, com fator de risco – como casos de câncer de próstata na família ou pacientes da raça negra – a realizarem um check-up anual, o que inclui o exame de PSA e o de toque retal. Desse modo, é possível, segundo ele, diagnosticar a doença em sua fase inicial.

Mitos e verdades

Não é verdade que o câncer de próstata acomete somente homens idosos, embora a incidência seja maior nessa faixa etária, mas o fato é que a partir dos 50 anos de idade os homens já apresentam risco significativo de desenvolver esse tipo de tumor maligno.

Igualmente errôneo é supor que apenas o PSA pode identificar o câncer de próstata. Trata-se de um exame importante, mas Cordeiro informa que já foram diagnosticados casos significativos da doença em pacientes com PSA normal, através da realização do exame de toque. O importante é realizar ambos os exames, já que um não descarta o outro.

Em relação ao tratamento da doença, há alguns riscos de complicações, principalmente se envolver a remoção total da glândula, o que seria a prostatectomia radical, e também a radioterapia, outra opção de tratamento.

“Na prostatectomia radical, a complicação mais temida é a incontinência urinária, que são as perdas involuntárias da urina.” Mas o especialista afirma que o risco foi minimizado com a adoção de tecnologias modernas, como a cirurgia robótica.

“Outra complicação temida é o risco de disfunção erétil, de impotência no pós-operatório, o que depende muito da gravidade da doença”, adverte o especialista. Mas hoje já existem tratamentos, como a implantação de uma prótese peniana.

Outra boa notícia é que a cirurgia robótica tornou todo o processo menos invasivo. “Nós conseguimos fazer essa cirurgia através de pequenas incisões e o robô dá uma magnificação muito grande através da câmera utilizada nesse tipo de cirurgia. Nós temos ali uma visualização de todas as estruturas, tanto da próstata quanto dos nervos ao redor da próstata em três dimensões. Os movimentos do robô são totalmente articulados, então conseguimos fazer dissecções mais precisas”, explica Cordeiro.

O resultado são sangramentos menores, um menor tempo de internação e de permanência com a sonda no pós-operatório. Além disso, a recuperação de pacientes com quadros de incontinência e impotência também é mais rápida.

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