A USP e a Université Paris Sciences et Lettres (PSL) assinaram no dia 20 de novembro o estatuto associativo do primeiro Centro Internacional Conjunto de Pesquisa, Formação e Inovação USP–PSL. A cerimônia de assinatura de criação do Centro foi realizada na sede da instituição francesa, em Paris.
Além de representantes da PSL, participaram do evento a diretora da Faculdade de Economia, Adminstração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, Maria Dolores Montoya Dias, e o diretor administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e professor da Faculdade de Direito (FD), Fernando Menezes.
O centro USP-PSL, inovador e financeiramente sustentável, fortalecerá a cooperação científica bilateral e terá os temas economia circular e terapia celular como primeiros eixos de colaboração entre os pesquisadores, docentes e estudantes das duas universidades, reunindo as expertises das ciências fundamentais e aplicadas a serviço da redução de emissões, da menor dependência de recursos, do emprego, da biodiversidade e da saúde.
Na área de economia circular, a USP e a PSL concentram parte importante da produção científica. Entre 2019 e 2025, as duas instituições publicaram mais de 160 trabalhos conjuntos, dos quais mais de dois terços diretamente relacionados ao tema: agricultura e biodiversidade (21%), ciência dos materiais (18%) e engenharia (15%). Esses resultados posicionaram rapidamente a transição ambiental e a saúde como eixos prioritários da colaboração.
Essa produção científica alimentará programas de formação inicial e continuada oferecidos pelas duas universidades, em conexão com a universidade europeia EELISA [European Engineering Learning Innovation and Science Alliance] – aliança de instituições de ensino superior que reúne escolas de engenharia e universidades públicas de vários países da Europa -, da qual a USP acaba de se tornar parceira associada.

O projeto é co-liderado pelo professor titular da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Aldo Ometto, e pela professora da Chimie ParisTech – Université PSL, Anne Varenne, ambos engajados em pesquisa e formação na área das transições. Os dois pesquisadores coordenam equipes multidisciplinares que reúnem as expertises dos grandes programas da PSL e dos laboratórios e campi da USP dedicados ao estudo desses desafios ambientais e sociais.
Essa aproximação acadêmica e científica se inscreve no contexto de uma cooperação fortalecida entre a França e o Brasil: o roteiro franco-brasileiro sobre a transição ecológica (2024), o lançamento do Plano Nacional Brasileiro para a Economia Circular (2025) e o marco legislativo na França e na Europa, como a Lei AGEC [Lei Antidesperdício para uma Economia Circular] e o Green Deal [Pacto Ecológico Europeu]. Os dois países compartilham o desejo de fazer desses temas um eixo central de descarbonização e de transições ambiental e social, justa e sustentável.
“Este novo centro integrará duas universidades de excelência na busca por soluções para desafios globais, como a sustentabilidade e as terapias contra o câncer. Ele reforçará ainda mais a capacidade de nossa Universidade na produção científica e na elaboração de políticas públicas. O centro será composto por pesquisadores de três importantes escolas da USP: a Escola de Engenharia de São Carlos, a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária e a Escola Politécnica — e poderá acolher contribuições de outras Unidades da Universidade”, destacou o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Para o reitor da PSL, El Mouhoub Mouhoud, “com este Centro, avançamos mais uma etapa em uma colaboração antiga e sólida entre a Universidade PSL e a USP. Criamos um espaço onde diversas disciplinas se encontram a serviço da saúde e do meio ambiente, sustentado por uma cooperação verdadeiramente bottom-up. O Centro trabalhará ao lado do CNRS, do Institut Pasteur e do INRAe e contará com os mecanismos da Fapesp para aproximar a pesquisa dos atores econômicos. Juntos, fortalecemos um espaço de cooperação internacional único, impulsionado também pela recente entrada da USP na aliança europeia EELISA”.

O novo centro combinará formação, pesquisa aplicada e inovação tecnológica e abrangerá, em um primeiro momento, atores de destaque em todas as dimensões da economia circular, recursos, materiais, processos, impactos ambientais, políticas públicas, modelos econômicos e inovação industrial.
Terá como principais missões reunir as pesquisas mais inovadoras, apoiando-se na excelência acadêmica e científica da USP e da Universidade PSL; cruzar as competências amplas das duas instituições para responder aos grandes desafios ambientais e de saúde por meio de uma abordagem transdisciplinar; formar os talentos do futuro, oferecendo formações iniciais e continuadas baseadas na pesquisa; e facilitar o acesso direto a uma expertise única para agentes públicos e privados, bem como a todas as competências e recursos do ecossistema das duas universidades.
Criado como uma associação de direito local brasileiro (USP–PSL), o centro será instalado no campus da USP em São Paulo e contará com um fundo inicial de aproximadamente 5 milhões de euros, além de acesso às oportunidades de financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Os encontros realizados em 2023 e 2024 entre a USP, a Fapesp e o PSL foram os embriões para a assinatura de um acordo-quadro em novembro de 2024, seguida pela criação de uma cátedra franco-brasileira sobre terapia celular entre a USP, a PSL, por meio do Institut Curie, e o Consulado-Geral da França em São Paulo, em fevereiro de 2025.
Em julho deste ano, foi promovido um workshop estruturante sobre transição ambiental e economia circular, conduzido pelos professores Aldo Ometto e Anne Varenne, na sede do CNRS no campus da USP em São Paulo.
No contexto das ações de internacionalização in house da USP, este será o quinto centro internacional criado na USP na atual gestão da Reitoria, que já conta com o Institut Pasteur de São Paulo, o Centro Internacional de Pesquisa (CIP) em Saúde Planetária com o Instituto Nacional de Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente (INRAe, na sigla em francês), o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em inglês), o Centro de Micologia Médica da América Latina (CMM Latam) e o Centro Internacional para Engenharia Genética e Biotecnologia (ICGEB, na sigla em inglês).
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