Sistema Alto Tietê tem menor volume para outubro desde a crise hídrica

O Sistema Produtor Alto Tietê (SPAT) registrou, em outubro de 2025, o menor volume para o mês desde a crise hídrica de 2014-2015, operando com apenas 22,3% da capacidade total, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O número é quase 50% menor que o registrado em outubro de 2024, quando o sistema operava com 41% da capacidade. O SPAT é responsável pelo abastecimento de cerca de 4 milhões de pessoas na zona leste da capital e em municípios da Região Metropolitana.

Chuvas aumentaram, mas volume não acompanhou

Apesar da queda no volume armazenado, o mês de outubro apresentou aumento no índice de chuvas. Foram registrados 92,7 milímetros, o que representa 86,2% da média histórica do mês (107,6 mm). Em 2024, o índice foi de 74,4 mm, equivalente a 68% do esperado.

Segundo especialistas, a recuperação dos níveis depende não apenas da chuva, mas também da intensidade da evaporação e do consumo elevado nos meses mais quentes.

Queda de volume em todas as represas

O Sistema Alto Tietê é formado por cinco represas: Biritiba, Jundiaí, Paraitinga, Ponte Nova e Taiaçupeba. Todas apresentaram redução nos volumes em comparação ao mesmo período de 2024.

Consumo consciente e gestão de recursos

A Sabesp reforça a importância do uso racional da água e mantém ações de monitoramento e operação controlada do sistema, com o objetivo de garantir o abastecimento mesmo em períodos de estiagem prolongada.

A companhia também recomenda que os consumidores adotem práticas de economia, como reutilização de água e manutenção de reservatórios domiciliares, principalmente durante o verão.

“A população tem papel fundamental na preservação dos recursos hídricos. O consumo consciente é uma medida que ajuda a manter o equilíbrio do sistema e evitar medidas mais severas, como o rodízio de abastecimento” — Sabesp, em nota oficial.