O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu que a PEC da Segurança Pública ( PEC 18/25 ) garanta mais recursos para o combate ao crime organizado. Ele sugeriu a destinação de parte da taxação das bets para a segurança pública.
Ele também falou na necessidade de mais repasses de recursos federais de forma “livre” e não em “projetos carimbados” do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Castro ainda criticou a possibilidade atual de o governo federal restringir o uso do Fundo Nacional de Segurança Pública e pediu compensação da União pelo combate a crimes federais por parte de policiais civis. E citou o combate ao tráfico de armas.
O governador do Rio disse concordar com a integração dos trabalhos das polícias, dada a dificuldade de diferenciar o que é crime estadual e crime federal hoje. E defendeu a liberdade de atuação das polícias:
“Rio de Janeiro é um estado de serviços. O crime organizado tem tomado conta de ações de serviços, como internet, como transporte alternativo. Então o pessoal fica achando que vai ameaçar a gente falando algo. Que prendam todos os postos irregulares! A gente aqui não defende ninguém não. Na minha opinião, a polícia tem que ser livre para fazer o trabalho dela. Não tem que ter autoridade mandando abrir inquérito sobre nada”, disse.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em outubro que o governador tinha feito pouca coisa em relação ao contrabando de combustíveis, que seria um canal para o financiamento do crime organizado.
Cláudio Castro disse que não é necessário constitucionalizar o Sistema Único de Segurança Pública, mas apenas aplicar a lei que criou o fundo, que é de 2018. Outra premissa, para ele, é manter as polícias estaduais submetidas aos governadores e fazer com que a Polícia Federal não possa escolher onde quer atuar.

Caso Amapá
Já o governador do Amapá, Clésio Luis, disse que o estado decidiu combater as facções criminosas que estavam tomando territórios de maneira crescente. Ele afirmou que teve o apoio do então ministro da Justiça, Flávio Dino, e que isso foi importante para uma virada na redução da criminalidade. Ele disse que a solução é mais investimentos, parceria entre as forças de segurança e liberdade técnica de atuação para as forças.
O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) criticou a operação Contenção do estado do Rio que registrou 122 mortos, sendo 5 policiais. Segundo ele, a maior parte dos mandados de prisão não foi cumprida, inclusive das principais lideranças do Comando Vermelho. Ele questionou a liberdade de atuação citada pelos governadores.
“No Rio de Janeiro, nosso estado, a lógica de uma polícia com licença para matar tem feito o estado produzir os seus próprios assassinos: Ronnie Lessa, Adriano da Nóbrega, Batoré, Escritório do Crime e outros grupos de extermínio têm relação íntima com grupos e forças de segurança”, disse.
O relator da PEC da Segurança Pública, deputado Mendonça Filho (União-PE), confirmou a entrega do seu relatório para o dia 4 de dezembro.
Câmara Congresso terá sessão nesta quinta-feira para votar vetos presidenciais
Câmara Comissão aprova projeto que prevê uso de dados de celular para localizar aeronave desaparecida
Câmara Debatedores pedem mudanças na habitação popular para evitar perda de imóvel por dívida de condomínio
Câmara Prisão de Bolsonaro repercute nos discursos de deputados no Plenário da Câmara
Câmara Relator detalha mudanças em proposta de Fundo Nacional da Igualdade Racial
Câmara Hugo Motta elogia aprovação de projeto que prevê coleta de DNA de presos Mín. 15° Máx. 27°
Mín. 12° Máx. 25°
Parcialmente nubladoMín. 14° Máx. 29°
Parcialmente nublado