A Polícia Civil de São Paulo intensificou as ações de combate à violência contra povos indígenas que vivem em Parelheiros, no extremo sul da capital paulista. A iniciativa Juruá, desenvolvida pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), atua no atendimento, acolhimento e orientação das comunidades indígenas da região, que somam cerca de 3 mil indígenas distribuídos em 16 aldeias.
O trabalho busca ampliar o acesso à rede de proteção e ao sistema de justiça, enfrentando barreiras históricas como distância geográfica, diferenças culturais, desconfiança institucional e subnotificação de casos de violência doméstica, sexual e institucional.
Segundo a delegada Monique Patrícia Ferreira Lima, titular da 6ª DDM, a aproximação com as lideranças tem sido fundamental para o avanço das ações. “Temos trabalhado para fortalecer o vínculo com as lideranças indígenas por meio de visitas, rodas de conversa e atividades educativas e de orientação. A construção dessa relação tem resultado em um aumento da procura pelos serviços da DDM e pelo registro de ocorrências por mulheres indígenas, sinalizando maior confiança na rede de proteção”, afirmou.
O projeto apresenta indicadores consistentes de avanço, como o aumento no número de registros de ocorrência envolvendo vítimas indígenas, refletindo a redução da subnotificação e incremento da aproximação institucional com a comunidade.
“Embora os números exatos possam variar conforme os períodos de coleta, há um crescimento contínuo de comunicações formais, especialmente em casos de violência doméstica e sexual, tradicionalmente subnotificados nas comunidades indígenas urbanas”, reforçou a delegada.
O trabalho policial atua de forma intersetorial, integrando ações da DDM com órgãos de saúde, educação e lideranças comunitárias.
A principal frente é o treinamento realizado com profissionais de Unidades Básicas de Saúde (UBS), professores e agentes públicos, com orientações para identificar sinais de violência e registrar boletins de ocorrência, inclusive por meio da Delegacia Eletrônica.
A abordagem dos policiais nas aldeias acontece por meio da realização de atividades educativas em encontros, utilizando jogos, rodas de conversa, teatro e outras metodologias participativas para transmitir informações sobre direitos e canais de denúncia de forma acessível e respeitosa à cultura local.
Periodicamente, e alternando entre as aldeias, a equipe vai até as comunidades para oferecer assistência, prestar atendimento direto e orientar as mulheres.
“Todo esse trabalho só é possível em razão do diálogo direto com lideranças”, lembrou a delegada. Ao longo do tempo, a relação de confiança permitiu que as próprias lideranças passassem a acionar a Polícia Civil, seja para orientação, registro de boletins ou realização de palestras com jovens e mulheres.
Além de fornecer a atuação policial em territórios indígenas urbanos, alinhado aos princípios de direitos humanos e de promoção de acesso à Justiça, a ação mostra que, com abordagem culturalmente sensível e ações intersetoriais, é possível superar barreiras históricas e construir confiança entre comunidades tradicionais e o Estado.
Geral Aposta de Cachoeira do Sul (RS) leva quase R$ 15 milhões na Mega-Sena
Geral Latino-americanas e caribenhas se juntam às brasileiras por igualdade
Geral Prefeitura de SP pede mais prazo para liberação de mototáxis na cidade
São Paulo Governo de São Paulo entrega 200 veículos para reforçar atuação de Fundos Sociais Municipais
São Paulo Previsão do tempo para quarta-feira (26), em SP: chances de chuva fraca no litoral
São Paulo Fundo Social entrega 54 veículos para a região de São José do Rio Preto Mín. 15° Máx. 27°
Mín. 12° Máx. 25°
Parcialmente nubladoMín. 14° Máx. 29°
Parcialmente nublado