A pimenta-do-reino, grão modesto que já foi usado como moeda e motivo de grandes navegações, hoje é um dos produtos que coloca o Brasil no mapa global do agronegócio. O país se consolidou como o segundo maior produtor e exportador mundial da especiaria, atrás apenas do Vietnã. Segundo dados do IBGE, a produção brasileira da especiaria atingiu a marca de mais 126 mil toneladas em 2023 e, em 2024, apresentou uma pequena redução, chegando a quase 125 mil toneladas.
Com um valor de produção que chegou a quase R$ 3,6 milhões no ano passado, de acordo com o IBGE, as exportações de 62,6 mil toneladas de pimenta-do-reino geraram uma receita de US$ 285,9 milhões em 2024, conforme indicadores do sistema Agrostat, do Ministério da Agricultura. Diante deste cenário, a pimenta-do-reino brasileira mostra que tem potencial para fortalecer e multiplicar as oportunidades de negócios brasileiros, dentro e fora do país.
A liderança dessa produção concentra-se principalmente no Espírito Santo - responsável por cerca de 61% da safra nacional - e no Pará. Juntos, os dois estados respondem por mais de 91% de toda a pimenta-do-reino produzida no Brasil. No entanto, outros estados vêm ganhando espaço, como Minas Gerais. Em 2024, a área plantada em Minas era de 341 hectares, com um valor de produção estimado em R$ 8,88 milhões, de acordo com dados do IBGE, divulgados pelo site Agro Sustentar.
Mercado em Expansão
Enquanto a maior parte da produção brasileira de pimenta-do-reino é exportada para mercados exigentes como Alemanha, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, o mercado doméstico apresenta um campo fértil e em crescimento para marcas nacionais. É nesse cenário que empresas como a Temperatta buscam fortalecer suas relações comerciais com as grandes redes supermercadistas e atacadistas e ampliar sua presença no setor brasileiro de especiarias, atuando também junto aos pequenos varejos.
"O Brasil domina a exportação de pimenta-do-reino, mas há um potencial enorme a ser explorado dentro do nosso próprio país. Para isso, estamos criando novos produtos, tendo a pimenta-do-reino como base, e investindo em novas estratégias de negócios, como o desenvolvimento de marcas próprias para grandes redes varejistas. Hoje, fabricamos mais de 5 toneladas de produtos por mês, beneficiados com pimenta-do-reino, que são as misturas, os blends, os molhos, entre outros", afirma "Fernando Hott, CEO da Temperatta."
Com um mercado global de temperos e especiarias projetado para saltar de US$ 20,92 bilhões em 2025 para US$ 26,93 bilhões até 2030, segundo a consultoria Mordor Intelligence, as expectativas são de que há oportunidades de crescimento para esse mercado e para toda a sua cadeia produtiva de valor. E diante desse contexto de mercado, o Brasil vem estimulando a expansão de empresas como a Temperatta, com impactos positivos diretos na economia. "O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente e conhecedor das especiarias. Nossa missão é oferecer um produto diferenciado, de qualidade, acessível e que valorize a produção nacional", completa "Fernando Hott."
Carro-chefe da Temperatta
A marca, que tem a pimenta-do-reino como seu carro-chefe, distribui sua produção para redes varejistas e atacadistas em Minas Gerais e outros estados. A origem da matéria-prima é outro ponto de atenção. "Nosso produto é selecionado de fornecedores nacionais certificados, provenientes principalmente do Pará e do Espírito Santo, regiões reconhecidas mundialmente como referência em grãos. Todo o processo, do recebimento ao envase, passa por um rigoroso controle para garantir pureza, sabor e aroma", explica "Jéssica Carvalho, responsável técnica da Temperatta."
Além de ser comercializada pura, nas versões moída e em grãos, a pimenta-do-reino é a base de várias misturas da marca. Para esses blends, utilizamos cerca de 20 toneladas anuais da especiaria. "A pimenta-do-reino está presente em blends como nosso Lemon Pepper, Sal de Parrilha para Churrasco, Chimichurri Especial e molhos. Ela é uma base essencial para realçar o sabor e o aroma característicos das nossas formulações", complementa "Jéssica."
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