Dentre os quatro novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs) que passarão a funcionar na Unesp, nos câmpus de São Paulo, Botucatu, Bauru e Tupã, um deles se dedicará à investigação do uso de novas tecnologias digitais para o enfrentamento de eventos climáticos de alta intensidade. Denominado Centro Paulista de Integração de Dados para Monitoramento de Eventos Extremos (CEPEX), terá sede em Bauru e receberá financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por cinco anos.
O docente da Faculdade de Ciências (FC) da Unesp, câmpus de Bauru, e coordenador do novo CCD, João Paulo Papa, falou em entrevista à Unesp FM sobre a iniciativa.
“Uma das coisas que nos deixou mais alegres é essa possibilidade de prover um serviço para o Estado de São Paulo, que poderá ser estendido depois para qualquer outra parte do país”, diz. “Entendemos isso como uma responsabilidade muito grande e esperamos poder contribuir da melhor maneira possível.”
Um dos objetivos da iniciativa é desenvolver um sistema avançado, por meio de Inteligência Artificial, que centralize informações visuais e textuais de radares meteorológicos que sejam relevantes para a previsão de eventos climáticos extremos. “A ideia é utilizar ferramentas de IA para fazer manipulações e processamento de dados de radares meteorológicos e alimentar o sistema da Defesa Civil do estado de São Paulo com informações que facilitem a tomada de decisões posteriormente”, detalha Papa.
Essencial para essa tarefa será a contribuição do Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Unesp, o IPMet. Além de reconhecido como referência na área, o IPMet é o centro responsável por integrar dados dos radares meteorológicos do estado. Os dados disponibilizados pelo IPMet irão alimentar os algoritmos de IA para o desenvolvimento de aplicações diversificadas e assertivas, como uma previsão para o desmoronamento de encostas ou rotas de fuga em eventos extremos. O IPMet servirá ainda como sede inicial do CEPEX. “A ideia é munir meteorologistas, profissionais e, principalmente, a Defesa Civil com informações. A centralização vai resultar em uma visão melhor do que está acontecendo”, explica.
Outra vertente do projeto destina-se à educação, envolvendo o incentivo ao desenvolvimento de pesquisas por alunos de graduação e pós-graduação, e a apropriação do uso de inteligência artificial pelos discentes de cursos de meteorologia. “Não estamos muito preocupados que o meteorologista saiba a fundo como programar. Queremos que ele entenda o potencial da IA, e o que ela pode ou não fazer”, afirma o pesquisador.
O coordenador do centro explica como serão aplicados os R$18 milhões do financiamento da Fapesp destinados ao CEPEX: “Mais ou menos metade do valor vai ser investido em bolsas para alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Outra parte será gasta em equipamentos, radares, supercomputadores, geradores, nobreaks. Gastaremos em bolsas e equipamentos”, diz.
O docente projeta a possibilidade de um aplicativo que forneça informações detalhadas diretamente para a população. “O que vai nos limitar não serão as ideias, serão os dados. Se tivermos dados para todas essas aplicações, a expectativa é que consigamos, sim, endereçar esses problemas”, diz Papa.
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