O fim do fluxo de dependentes químicos no centro de São Paulo reduziu os principais indicadores criminais na área das cenas abertas de uso. O trabalho integrado realizado na região contribuiu diretamente para pôr fim à concentração de usuários de drogas entre as ruas dos Protestantes com a General Couto de Magalhães. Neste dia 13, completam-se seis meses de esvaziamento da área, que foi retomada pelo poder público e devolvida à população.
De maio até setembro deste ano, foram registrados 1,3 mil roubos nas áreas do 3º (Campos Elíseos) e 77º (Santa Cecília) Distritos Policiais, responsáveis pela região. Foi a menor quantidade de delitos praticados no centro em 25 anos.
Nos mesmos meses, em 2022 — antes do início do trabalho desenvolvido pela atual gestão — houve a notificação de 3,5 mil roubos. Ou seja, em três anos, os assaltos despencaram 63% na região do antigo fluxo.
O número é resultado de ações desencadeadas pelo Governo do Estado em parceria com o município para combater o crime organizado.

“O centro de São Paulo deixou de ser um lugar atrativo para os criminosos, uma vez que reforçamos o efetivo policial na área e aumentamos as investigações realizadas pela Polícia Civil, realizando importantes prisões e interceptando a droga antes que ela chegasse na área das cenas abertas de uso”, disse o coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), tenente-coronel Rodrigo Vilardi.
Para o delegado Carlos Eduardo Carvalho, titular da 1ª Delegacia Seccional, a queda dos crimes se deve ao fato de que “a região central deixou de ser visitada e ocupada por usuários de drogas que, muitas vezes, se valiam do cometimento de pequenos furtos ou roubos para alimentar o vício”.
Além dos roubos em geral, os demais crimes patrimoniais também registraram quedas expressivas na área que corresponde ao 3° e 77º Distritos Policiais.
Os roubos de veículos passaram de 24 casos (entre maio e setembro de 2022) para seis registros no mesmo período deste ano — é o segundo menor índice da série histórica. No período, os roubos de carga tiveram queda muito expressiva – de 19 para apenas um caso no mesmo comparativo.
Os furtos em geral reduziram 29,8%, saindo de 6,2 mil para 4,4 mil registros na análise. Já os furtos de veículos caíram de 119 para 87 boletins de ocorrência, a menor marca da série histórica para o crime na região.
“É óbvio que ainda há muito trabalho a ser feito para que as aglomerações não voltem, mas além de devolver o espaço público para a população, são menos vítimas e mais segurança para moradores e comerciantes da região central”, reforçou o coordenador do CICC.
A Secretaria da Segurança Pública realizou no início da gestão um monitoramento detalhado da situação no centro da cidade, com reuniões periódicas desenvolvidas com as demais secretarias.
No ano passado, a SSP entregou novas unidades policiais, como a sede da Força Tática do 7º Batalhão Metropolitano e a 3ª Companhia da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), do 7º Batalhão de Ações Especiais (Baep), além de reforçar o efetivo na região com 400 policiais.
O trabalho, que resultou na prisão de lideranças de facção que atuavam no centro da capital, também investigou ferros-velhos e interditou hotéis e pensões usados para lavar dinheiro do tráfico, descobertos durante as investigações da Operação Downtown. Mais de R$ 200 milhões em bens foram apreendidos na época.
As Polícias Civil e Militar também passaram a qualificar os usuários do fluxo, separando o criminoso do dependente químico.
Os policiais passaram por um treinamento promovido pela SSP para aprimorar a abordagem de pessoas em vulnerabilidade social que frequentavam a área do fluxo.
Os usuários receberam tratamento no Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, do Governo de São Paulo.
Além disso, câmeras de monitoramento voltadas apenas para a captura de procurados da Justiça e localização de pessoas desaparecidas foram instaladas na região central — o que afastou os criminosos que se escondiam no fluxo.
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