O Senado promoveu nesta segunda-feira (20) uma sessão especial em homenagem aos 100 anos da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil (ACFB), uma das mais antigas sociedades científicas do país.
Fundada em 1924, a instituição reúne 120 membros titulares — entre farmacêuticos, médicos, odontólogos e outros profissionais — e atua como órgão consultivo em atividades nacionais e internacionais ligadas às ciências farmacêuticas.
A iniciativa da homenagem ( RQS 180/2025 ) partiu do senador Eduardo Gomes (PL-TO). A sessão foi marcada por discursos que destacaram o papel histórico da ACFB na consolidação da ciência farmacêutica no Brasil e a importância na formação de profissionais, na pesquisa e na defesa da saúde pública.
— A ACFB é uma instituição que tem sido guardiã do conhecimento, formadora de profissionais de excelência e defensora incansável da saúde pública e do valor da ciência. Muitos dos avanços que hoje consideramos naturais têm raízes diretas na influência da academia — afirmou o senador.
Eduardo Gomes ressaltou ainda que a entidade segue relevante diante dos novos desafios globais.
— Os próximos cem anos exigirão da ciência farmacêutica respostas éticas e inovadoras a temas como pandemias, resistência antimicrobiana e sustentabilidade ambiental. A ACFB tem, portanto, uma missão renovada: continuar a formar profissionais conscientes e fortalecer a pesquisa nacional — declarou.
Entre os homenageados, o médico e ex-senador Ogari Pacheco, membro honorário da academia, relembrou sua trajetória e destacou a importância da produção nacional de insumos farmacêuticos.
— Um país que não fabrica os próprios insumos é um país dependente. Isso ficou evidente durante a pandemia de covid-19. Precisamos investir em inovação e produção nacional para garantir autonomia ao nosso sistema de saúde — disse Ogari.
Presidente emérito da ACFB, Lauro Moretto agradeceu a homenagem e ressaltou o simbolismo de celebrar o centenário no Plenário do Senado.
— É uma dádiva comemorar cem anos da nossa academia neste espaço. Depois de momentos difíceis, a ACFB está hoje jubilante, forte e ativa. É uma honra receber esse reconhecimento público — pontuou.
Também presente à sessão, Michel Kfouri, outro presidente emérito da entidade, destacou a presença das ciências farmacêuticas em todas as etapas da vida humana e defendeu maior investimento governamental no setor.
— Temos uma indústria moderna, mas altamente dependente de ingredientes importados. É urgente um projeto nacional de médio e longo prazo que garanta independência produtiva — clamou.
A 1ª vice-presidente da ACFB, Nilce Cardoso Barbosa, falou sobre a missão da academia de aproximar ciência e humanidade.
— O reconhecimento deste Senado é um incentivo para continuarmos construindo pontes entre o conhecimento científico e as necessidades sociais. O belo da ciência está nas pessoas que dão um pouco de si todos os dias para embelezar o mundo e torná-lo mais justo — enfatizou.
Ao final da sessão, o senador Eduardo Gomes entregou uma placa comemorativa em alusão ao centenário da academia a Lauro Moretto. Nilce Barbosa recebeu flores de Ogari Pacheco, em homenagem às mulheres brasileiras dedicadas à ciência, à pesquisa e à inovação.
Também foram entregues medalhas comemorativas. Um exemplar da primeira edição daFarmacopeia Brasileira, publicada em 1926, foi doado à Presidência do Senado para integrar o acervo da Biblioteca da Casa.
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