A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) têm, atualmente, mais de 200 mil professores. Desses, 171,7 mil estão todos os dias em sala de aula e os demais atuam nas 91 unidades regionais de ensino e nos órgãos centrais da pasta. Para comemorar o Dia dos Professores, a Seduc-SP traçou um perfil que mostra que as mulheres são maioria entre os docentes em sala de aula (70,5%), a faixa etária predominante é de 40 a 49 anos (33,6%) e Maria, José, Ana e Paulo são os nomes mais comuns.
À frente das turmas de crianças, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, são 44.241 docentes mulheres e 6.411 professores homens. Entre todas as disciplinas lecionadas na rede estadual de ensino, professores de matemática são a maioria, com 27.997 docentes, seguido de língua portuguesa, com 27.455 profissionais. Na sequência, estão história e geografia, com 18.255 e 16.856 docentes.
Professor de matemática em São Bernardo do Campo, Lucas Pontes de Jesus, de 34 anos de idade, se tornou neste ano docente efetivo da mesma escola que frequentou nos anos finais do Ensino Fundamental, a Escola Estadual Professora Yvone Frutuoso Prodóssimo, após aprovação no concurso público organizado por essa gestão da Seduc-SP. Além disso, ele também atua como professor do projeto Aulas Olímpicas aos sábados na Escola Estadual Senador Robert Kennedy.
“Escolhi a vaga no concurso na escola Yvone, que é perto da minha casa, e no bairro onde moro há bastante tempo. Trabalhar na rede pública tem um impacto pessoal, de você mudar a vida do aluno, participar de seus saberes. Não vejo a hora de ter experiências que meus colegas têm, de encontrar um aluno mais para frente e ele vir me agradecer por ter feito a diferença”, avisa.
Sobre as Aulas Olímpicas, o professor lembra da sua época como aluno. “Na minha época, não tinha essa divulgação e as olimpíadas organizadas pela Secretaria, ou uma preparação prévia para as olimpíadas externas, que a gente sabe que a rede privada tem. Lecionar para as turmas das Aulas Olímpicas é uma experiência diferente, porque temos ali alunos que querem estar na escola aos sábados para aprender mais sobre matemática. Nenhum deles foi obrigado a estar ali pela família, eles se inscrevem para estar lá e quando algo vem da família, é o incentivo”, destaca o professor.
O levantamento da Seduc-SP aponta ainda que 52.295 possuem especialização, outros 5.388 têm mestrado e 1.309 concluíram doutorado.
Nicole de Oliveira Alves Damasceno, 40 anos de idade, professora de história da Escola Estadual Professor Andronico de Mello, localizada no Jardim Colombo, está entre os professores com doutorado na rede estadual. Sua vida acadêmica foi guiada pelos estudos relacionados à infância e escravidão no Brasil Colônia e Brasil Império, tema que é abordado em suas aulas com os estudantes do Ensino Médio e aprofundado diante das temáticas do Currículo Paulista.
A professora de história também ingressou como concursada após aprovação no concurso público de 2023 na escola Andronico no início deste ano letivo. Antes disso, atuava como professora temporária na Escola Estadual Daniel Paulo Verano Pontes, lecionando para alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. A docente com doutorado afirma ter predileção por lecionar para alunos do Ensino Médio e esperava pela aprovação no concurso para escolher uma escola com esse nível de ensino.
“Avalio que o maior impacto é que, nesta faixa etária, os alunos passam a ter sua consciência política e social, o desenvolvimento da própria cidadania e como eles estão inseridos na sociedade de forma geral, para além do espaço da escola. É gratificante trabalhar com essa faixa etária para trazer para eles uma confiança para as provas externas, como o Provão Paulista e o Enem, e mostrar que o futuro está muito perto”, conta a professora.
Por sua experiência com a vida acadêmica, ela direciona os estudantes a fazer pesquisas mais aprofundadas. “Nós conseguimos fazer leituras diferentes, eu trago fontes históricas, recortes de jornais de época e adapto o conhecimento para as aulas. Nesse sentido, eles têm acesso a mais materiais que podem auxiliar em mais pesquisas”, complementa a professora.
Quanto ao estado civil, 81.742 docentes são casados, 66.734 são solteiros, 16.818 divorciados, 2.067 têm união estável e 2.059 são viúvos.
Na autodeclaração de cor ou raça, 128.069 professores se identificam como brancos, 29.799 como pardos, 12.542 como pretos, 843 como amarelos e 439 como indígenas. A rede também conta com 40 professores atuando em escolas quilombolas.
Apesar de a maioria dos professores ter nascido no estado de São Paulo — 142.118 deles —, completando o local de nascimento dos professores nas cinco primeiras colocações estão os estados de Minas Gerais, com 6.135, Bahia, com 5.152, Paraná, com 4.694 deles, e Pernambuco, com 2.850 professores.
A rede estadual de ensino também recebe professores estrangeiros e parte deles dá aulas nos Centros de Estudos de Línguas (CELs) da Seduc-SP. Os países com mais representantes na rede estadual são: Portugal, com 27 professores, Japão (24), Chile (19), Argentina (14) e Angola (12).
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