Entre esta quinta-feira (28) e 8 de setembro, o céu do Boqueirão da Onça, na Caatinga baiana, ganhará novas cores com a sexta soltura de araras-azuis-de-lear. Essa espécie, endêmica da região e já considerada uma das mais raras do planeta, continua a reconquistar seu espaço natural graças a um programa coletivo de revigoramento populacional que reúne órgãos ambientais, instituições de pesquisa e centros de reprodução, entre eles o Centro de Conservação de Fauna Silvestre (Cecfau) da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil).
Desta vez, o momento será especial: Lídia, uma fêmea nascida em 2023 no Cecfau, será devolvida ao habitat onde sua espécie evoluiu. Filha do casal Francês e Lindsay, que juntos já geraram 20 filhotes, Lídia representa a 10ª arara enviada pela instituição para reforçar a população selvagem da espécie.
No total, oito aves participarão desta nova etapa, sendo sete araras selvagens, repatriadas do tráfico e reabilitadas, e Lídia, criada sob cuidados humanos. Todas passaram por meses de adaptação e treinamento na Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS), dentro da Área de Proteção Ambiental Boqueirão da Onça, aprendendo comportamentos essenciais para a sobrevivência, como reconhecer e consumir os cocos de licuri, base da dieta da espécie.
“Ver um animal que nasceu sob nossos cuidados ganhar o céu da Caatinga é a confirmação de que todo esforço vale a pena. Cada soltura é um passo para recuperar uma espécie que quase desapareceu da natureza. A Lídia leva com ela a dedicação de muitas mãos e o compromisso do Estado de São Paulo com a conservação da biodiversidade”, destaca Cauê Monticelli, coordenador de Conservação de Fauna Silvestre e Pesquisas Aplicadas da Semil.
O trabalho do Cecfau é reconhecido internacionalmente. Atualmente, é a única instituição brasileira a manter dois casais reprodutivos da arara-azul-de-lear, com 26 nascimentos registrados desde 2019. Dez indivíduos já foram destinados à soltura no Boqueirão da Onça, integrando um programa que envolve órgãos federais, estaduais e parceiros como Criadouro Fazenda Cachoeira para fins de conservação, Programa de Resgate da Arara-azul-de-lear, Loro Vet Consultoria, CEMAVE-ICMBio, Ibama e Polícia Federal.
A história dessa conservação é marcada por desafios: durante décadas, não houve registros de reprodução em cativeiro no mundo. Hoje, São Paulo se soma a um grupo seleto de instituições que tornaram possível a esperança de ver a arara-azul-de-lear voar livre novamente.
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