Mulheres vítimas de violência contam com apoio para denunciar e buscar segurança no Estado de São Paulo. Além da rede de 142 Delegacias de Defesa da Mulher territoriais e as que funcionam de forma online dentro das delegacias e plantões policiais , as moradoras de São Paulo contam ainda com a Cabine Lilás , um serviço exclusivo da Polícia Militar para atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar dentro do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).
Há também a possibilidade de registro de Boletim de Ocorrência online pelo site e também pelo aplicativo SP Mulher Segura, que concentra diferentes serviços voltados a vítimas de violência doméstica e familiar. A plataforma, disponível para os sistemas iOS e Android, facilita o registro de ocorrências e o acionamento da Polícia Militar em um único lugar.
Durante o Agosto Lilás, mês de dedicado ao combate à violência contra a mulher, o Governo de São Paulo reforça as ações de proteção. Desde o ano passado, a gestão mantém o movimento permanente SP Por Todas, que dá visibilidade às ações de proteção a elas.
A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, classifica cinco tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Cada tipo possui características específicas e pode causar danos distintos à vítima. Saiba distinguir os tipos de violência e como denunciar ou pedir ajuda.
De acordo com especialistas ouvidas pela Agência SP sobre a violência contra as mulheres, o primeiro passo dificilmente é uma agressão. “Normalmente, ela já sofreu uma violência moral, como uma injúria, o indivíduo a xinga dos mais baixos nomes, depois avança para uma ameaça, que pode ser expressiva ou implícita E só assim para a violência física propriamente dita”, explica a delegada de policia da 8ª DDM, Gabriela Duo.
Por isso, a delegada de polícia afirma que a primeira orientação é de que essas mulheres fiquem atentas já nos primeiros sinais. “O indivíduo que quer te controlar, que quer te humilhar, que quer te constranger, que quer limitar a sua liberdade patrimonial, financeira, os seus atos, que quer restringir as suas amizades, que te controla acima do razoável. Esse é o primeiro tipo de violência que a gente verifica na prática.”
E reforça: “não deixem chegar no ponto da violência física. É preciso se separar e procurar ajuda também nos primeiros atos abusivos.”
A mulher vítima de violência em São Paulo pode procurar uma das 142 DDMs físicas espalhadas pelos municípios, sendo 18 com funcionamento 24 horas. São locais destinados exclusivamente para o atendimento de vítimas da violência de gênero. Além disso, o Estado também oferece 164 salas DDMs instaladas em delegacias com plantão policial, expansão de 164,5% em relação a gestão anterior. Outra opção é a DDM Online, que também funciona 24 horas por dia.
Para acessar uma DDM online, basta clicar aqui . Por meio da DDM online, é possível registrar ocorrências a partir de qualquer dispositivo conectado à internet sem sair de casa. Além de registrar o boletim online, as vítimas também podem solicitar medidas protetivas.
As salas DDMs são um ambiente específico para acolher vítimas de violência de gênero. Por videoconferência, a mulher é atendida por uma equipe especializada da Delegacia da Defesa da Mulher a qualquer hora do dia. A vítima pode decidir se quer ser atendida por um delegado que esteja no plantão comum ou em uma sala mais reservada.

Outra medida adotada pela atual gestão foi a Cabine Lilás, serviço exclusivo da Polícia Militar para atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar na capital paulista. Trata-se de uma divisão dentro do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). O projeto piloto foi iniciado na capital paulista em março de 2024. No total foram treinadas 81 PMs femininas para o atendimento, sendo 42 destinadas ao Copom Capital e 39 ao interior .
As PMs femininas acompanham o atendimento dos policiais no endereço da vítima e fornecem orientações para as mulheres sobre as redes de apoio à disposição, quais os direitos delas e como registrar o BO. Essas policiais atendem exclusivamente chamados de violência doméstica. Até julho deste ano, foram 8.998 atendimentos (entre chamados para o 190, orientações sobre medidas protetivas e intervenções policiais), com 58 prisões em flagrante por descumprimento de medida protetiva.
A Cabine Lilás também dá informações que auxiliem a mulher a interromper o ciclo da violência. “Às vezes, a gente recebe ligação de mulheres que não sabem ou não conseguem identificar exatamente o que é. Mas, se elas entram em contato, a gente ouve e entende a situação, consegue passar para elas que tipo de violência é aquela, como pode se proteger, se pode fazer um boletim de ocorrência, solicitar uma medida protetiva ou solicitar um afastamento do lar”, explica a cabo Rayane Cavalcanti de Melo.
Quando uma vítima entra em contato com o número 190, a chamada passa por uma triagem para avaliar se o risco é iminente. Se a violência estiver ocorrendo naquele momento, uma equipe policial é enviada para garantir a segurança da mulher. Caso contrário, ela é direcionada para a Cabine Lilás, onde recebe informações e orientação sobre como sair da situação de violência.

O aplicativo SP Mulher concentra diferentes serviços voltados a vítimas de violência doméstica e familiar. A plataforma, disponível para os sistemas iOS e Android, facilita o registro de ocorrências e o acionamento da Polícia Militar em um único lugar.
Por meio do cadastro feito pelo login gov.br, a ferramenta importa os dados e identifica automaticamente se a vítima já possui medida protetiva, disponibilizando um botão do pânico para o acionamento do socorro em caso de necessidade. Com isso, dispensa o preenchimento de formulários e do número do processo para o pedido de ajuda, agilizando o processo.
O aplicativo também traz uma função inédita para monitorar agressores de mulheres por georreferenciamento. Caso o suspeito seja monitorado por tornozeleira eletrônica, o aplicativo cruzará os dados da localização da vítima com a movimentação do agressor. Caberá à mulher autorizar que a Secretaria da Segurança Pública receba as informações para iniciar o monitoramento.
Outra inovação do app SP Mulher é o registro do boletim de ocorrência no próprio celular. A plataforma permitirá que a mulher faça o documento sem a necessidade de ir até uma DDM.

O SP Por Todas é um movimento promovido pelo Governo do Estado de São Paulo para ampliar a visibilidade das políticas públicas para mulheres, bem como a rede de proteção, acolhimento e autonomia profissional e financeira para elas. Essas frentes estão nos pilares da gestão e incluem soluções como o lançamento do aplicativo SPMulher Segura, que conecta a polícia de forma direta e ágil caso o agressor se aproxime; e a criação de novas salas da Delegacia da Defesa da Mulher 24 horas. Mais informações www.spportodas.sp.gov.br
São Paulo Biópsia líquida avança como ferramenta para detectar mutações em câncer de pulmão
São Paulo Ferramentas de metrologia melhoram análise de cachaça e vodca em laboratórios
São Paulo Abre e fecha no Natal: confira o funcionamento dos serviços estaduais
Geral Nacional celebra espírito natalino no Especial de Domingo
São Paulo Dispositivo inteligente lembra idoso de tomar remédio e vigia a ingestão
São Paulo Entenda como o Rodoanel Norte vai tirar os caminhões das vias urbanas e desafogar a marginal Tietê Mín. 18° Máx. 31°
Mín. 16° Máx. 31°
Chuvas esparsasMín. 17° Máx. 32°
Parcialmente nublado