A indústria de produtos de limpeza no Brasil fecha 2025 apoiada em números robustos de produção e consumo. Do lado da produção, o setor viveu um ciclo de recuperação. O Anuário 2025 da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA) mostra que, entre janeiro e setembro de 2024, a produção do setor cresceu 11%, se comparada com o mesmo período do ano anterior, encerrando o ano com crescimento de 8,24%.
Em matéria divulgada pela revista Química e Derivados, a presidente da ABIPLA, Juliana Marra, disse que o setor vem produzindo mais e vendendo mais unidades, ainda que com preços menores e margens cada vez mais pressionadas. A migração do consumidor para produtos de menor valor agregado acendeu o sinal de alerta. Os limpadores de banheiro registraram o maior crescimento (10,6%), como já indicava o Anuário 2024 da ABIPLA.
No contexto de expansão e maior sofisticação das formulações, insumos químicos como o hipoclorito de sódio estão na base de produtos como água sanitária, desinfetantes, soluções de limpeza profissional e saneantes usados em hospitais, escolas, indústrias, serviços de alimentação e ambientes residenciais. Sem esses componentes, não há eficácia microbiológica nem segurança sanitária nos produtos disponíveis no varejo.
“Quando olhamos para o tamanho e o potencial desse mercado, fica claro que não basta apenas aumentar volume. É preciso garantir consistência técnica. A qualidade do hipoclorito de sódio é o que permite que os fabricantes de saneantes entreguem produtos seguros, eficazes e dentro das normas”, afirma Renan Coelho, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas.
A Katrium atua como fornecedora de hipoclorito de sódio para diferentes fabricantes de produtos de limpeza e saneantes, atendendo clientes de pequeno, médio e grande porte. Segundo a empresa, os processos produtivos seguem padrões rigorosos de pureza e rastreabilidade, o que se torna ainda mais relevante num cenário em que margens industriais são pressionadas e o consumidor final está mais atento à performance dos produtos.
“Mesmo quando o consumidor opta por uma marca mais barata, ele não aceita perder desempenho. Isso significa que, do lado da indústria, precisamos manter o padrão dos insumos estável. O hipoclorito que fornecemos para uma linha premium é o mesmo que atende uma marca econômica que leva o nosso produto na formulação”, explica Coelho.
Para 2026, as projeções combinam cautela econômica e otimismo técnico. A boa notícia é que, em um período de cinco anos, o setor deve saltar de R$ 38,1 bilhões em 2024 para R$ 50 bilhões em 2029, segundo previsões do Euromonitor publicadas no site da Associação Brasileira de Embalagens (ABRE). Esse desempenho coloca o Brasil entre os grandes mercados globais do segmento. De um lado, o Euromonitor e entidades do setor apontam que o consumo deve seguir em trajetória de alta até 2029, com espaço para crescimento de mix, consolidação de marcas formais e substituição gradual de produtos informais. De outro, o aumento de exigências regulatórias e a necessidade de maior padronização reforçam a importância de uma cadeia química bem estruturada.
Esse cenário, de acordo com o executivo da Katrium, tende a ampliar a relevância de fornecedores de insumos essenciais, que operam com controle de qualidade, conformidade e capacidade de atendimento contínuo. “A indústria de limpeza é, ao mesmo tempo, extremamente sensível a preço e totalmente dependente de confiança. Nosso papel é garantir que, quando o cliente industrial compra um produto nosso, ele saiba exatamente o que está recebendo”.
Com a combinação de consumo crescente, mercado formal em expansão e maior exigência por segurança sanitária, Coelho acredita que o setor de limpeza seguirá pressionando a demanda por hipoclorito de sódio de alta confiabilidade nos próximos anos. “Para empresas da cadeia química, transformar esse movimento em relações de longo prazo baseadas em qualidade técnica e entrega consistente é tanto um desafio quanto uma oportunidade”.
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