A evolução tecnológica vai muito além de smartphones, smart TVs e smartwatches. O setor imobiliário também passou por uma virada com o aumento da oferta de "casas inteligentes". Segundo estudo da Mordor Intelligence, o mercado global de smart homes deve crescer 25,3% ao ano e atingir US$ 370,95 bilhões até o final de 2025. Em 2024, residências unifamiliares concentraram 64,5% da receita mundial, enquanto as multifamiliares devem avançar com uma TCAC de 16,9% até 2030.
Com esse movimento, a Emccamp Residencial, com quase 50 anos de atuação e mais de 75 mil unidades entregues, lançou o conceito Smart Apê para o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Os apartamentos contam com fechaduras digitais, reconhecimento facial e câmeras de vigilância, e os moradores podem ampliar os recursos com automação de iluminação, eletrodomésticos e integração com assistentes virtuais, como Alexa e Google Home. "A iniciativa democratiza o acesso à automação residencial", afirma o CEO Régis Guimarães Campos.
Embora soluções inteligentes já estivessem presentes em empreendimentos voltados às classes média e alta, a proposta agora chega de forma intensa ao mercado popular. A expectativa é que, até 2026, o Smart Apê represente cerca de 90% das vendas da companhia. Os primeiros projetos com tecnologia integrada já foram lançados em São Paulo e Rio de Janeiro, e Minas Gerais receberá novidades em breve.
O avanço é parte de uma tendência global. América do Norte e Europa lideram o setor, enquanto a Ásia-Pacífico acelera com o crescimento das cidades inteligentes. No Brasil, o cenário também é robusto: mais de 11 milhões de residências já são inteligentes, representando 16% dos lares conectados.
Segundo Régis Campos, esse crescimento é estimulado tanto pelas big techs quanto por um novo perfil de consumidor, especialmente a geração Z, que valoriza praticidade e conectividade. Estudo da ABRAINC reforça que esse público já é uma força central no mercado imobiliário. O momento é favorável: no primeiro semestre de 2025, as vendas do MCMV chegaram a 95.483 unidades, alta de 25,8% sobre 2024. No ano passado, o programa bateu recorde de 698 mil financiamentos. "Estamos trazendo o futuro para dentro das casas brasileiras", resume o CEO.
Os primeiros empreendimentos da Emccamp com o conceito são o L1NE Praça da Árvore e o L1NE Parada Inglesa, em São Paulo, e o Alma Carioca, no Rio de Janeiro. Em locais estratégicos, eles oferecem unidades de 1 e 2 dormitórios, plantas flexíveis e áreas de lazer completas, como academias, hortas, coworkings e piscinas. De acordo com Renata Dias, diretora de Marketing e Relacionamento da Emccamp, o Smart Apê "marca uma nova era". Ela compara o movimento ao marco da indústria automotiva em 1996, quando a Mercedes-Benz apresentou o conceito F200 Imagination, que antecipou tecnologias hoje comuns. "É esse tipo de transformação que queremos provocar na habitação popular", afirma.
Os consumidores buscam automação principalmente por segurança, eficiência energética e conforto. Pesquisa da ABRAINC com a Brain mostra que segurança já empata com localização como fator decisivo de compra, e mais de 60% dos clientes pagariam acima da média por empreendimentos com esses diferenciais.
As fechaduras eletrônicas permitem senhas temporárias para visitas e prestadores, aumentando a segurança. O projeto também aposta em eficiência energética, lazer conectado e aplicativos integrados ao condomínio. A parceria com a Intelbras garante kits adicionais com descontos para ampliar a personalização. "Além da automação, os empreendimentos oferecem plantas flexíveis — com até 17 variações — e serviços inteligentes, como minimercados, lavanderias compartilhadas e coworkings. Tudo isso sem custos extras ao comprador. Incorporamos tecnologia sem repassar nenhum valor ao consumidor final", reforça Renata.
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