A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vai se unir à Harvard com o objetivo de desenvolver, implementar e avaliar políticas públicas que melhorem o aprendizado dos estudantes da rede estadual, especialmente em língua portuguesa e matemática. Nesta semana, a pasta firmou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Education Lab for Latin America (ELLA), ligado à Harvard Graduate School of Education (HGSE). A parceria tem o apoio da Associação Parceiros da Educação.
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, destaca que a parceria entre Seduc-SP, Harvard e Parceiros da Educação é mais uma ação que se soma às iniciativas já em andamento para melhorar o ensino e a aprendizagem nas escolas da rede estadual. “Temos, agora, mais aliados que vêm para acrescentar ao nosso empenho, desde o início da gestão, para não deixar nenhum estudante para trás. Quando falamos mais especificamente de língua portuguesa e matemática, é importante destacar que ampliamos a carga horária dessas disciplinas, principalmente no Ensino Médio, incluímos disciplinas como educação financeira e redação no Currículo Paulista, implantamos o Aluno Monitor do BEEM, em que nossos alunos apoiam aqueles colegas com mais dificuldade em língua portuguesa e matemática e recebem uma bolsa mensal por esse trabalho”, afirma o secretário.
Feder também lembra que, após uma década, a Educação registrou, no início deste ano letivo, aumento da nota em língua portuguesa e matemática em todos os anos avaliados pelo Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) referente ao ano de 2024. “As expectativas para que a gente colha o resultado das nossas ações e, mais para frente, dessa parceria, são as melhores possíveis. As escolas encerraram esta semana a aplicação do Saeb, que é o Sistema de Avaliação da Educação Básica, avaliação nacional da qualidade do ensino nos estados brasileiros e, durante o mês de novembro, aplicaremos a edição de 2025 do Saresp”, complementa Feder.
O trabalho será coordenado por um Comitê de Gestão Conjunta, responsável por alinhar estratégias, supervisionar projetos e coordenar ações. As instituições irão realizar trocas de conhecimento por meio de workshops e reuniões técnicas, desenvolver projetos de pesquisa e programas-piloto e promover políticas públicas baseadas em evidências.
“Nessa fase inicial, o principal foco da parceria é a redução das desigualdades educacionais e a garantia do direito de aprender com foco principalmente em língua portuguesa e matemática, componentes estruturantes que permitem o desenvolvimento de competências mais complexas, inclusive em outras áreas do conhecimento”, destaca Jair Ribeiro, fundador e presidente da Parceiros da Educação.
A ideia é unir saberes e ampliar a rede de colaboração, envolvendo mais universidades brasileiras, organizações do terceiro setor e secretarias municipais de educação. A proposta é fortalecer a pesquisa aplicada, a inovação e as políticas públicas de educação.
Ribeiro explica que “para ser possível alcançar este objetivo, existem esforços específicos voltados para currículo, material pedagógico, avaliação, formação e, sobretudo, o componente socioemocional. Além disso, a depender da frente de trabalho, também existem ações direcionadas à formação continuada dos profissionais da educação, gestão integral e uso de indicadores educacionais em prol da aprendizagem e do Programa Ensino Integral (PEI)”.
Na parceria, também estão previstas avaliações de impacto, que têm o objetivo de medir o efeito das políticas e programas aplicados, com base em modelos matemáticos. “É algo que já fazemos em redes municipais do estado e que sabemos o potencial que exercem para essa redução de defasagens de aprendizagem que o acordo de cooperação foca inicialmente, com soluções propostas que sejam baseadas em evidências, testadas na prática e ajustadas à realidade das escolas”, diz Ribeiro.
Atualmente, a Parceiros da Educação atua em mais de 740 escolas públicas do estado, impactando cerca de 7,5 milhões de estudantes da rede estadual e municipal.
Segundo Ribeiro, “trata-se de uma construção conjunta entre governo, academia e sociedade civil e que busca traduzir o conhecimento científico em práticas concretas e eficazes nos diferentes contextos do estado. Acreditamos que esse ciclo virtuoso, do território para a política e da política para o território, fortalece a capacidade de execução da rede pública e assegura que os aprendizados gerados no campo orientem decisões estratégicas em escala sistêmica.”
Veja imagens do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Education Lab for Latin America (ELLA)
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