Neste sábado, 13 de dezembro, é o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, data criada para motivar reflexões, combater o preconceito e propor soluções para os desafios enfrentados por pessoas nessa condição. No Brasil, são cerca de 7 milhões de pessoas cegas ou com algum tipo de deficiência visual, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), número que demanda políticas públicas de inclusão mais urgentes.
Sensíveis à essa questão, estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Marinês Teodoro de Freitas Almeida, de Novo Horizonte, e da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Campinas desenvolveram projetos que proporcionam mais segurança e autonomia aos deficientes visuais.
Estudantes do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Fatec Campinas desenvolveram o aplicativo GuiaVoz com sensores integrados para identificar obstáculos como escadas, portas, elevadores e outros pontos de risco e depois alertar o usuário por meio de comandos de voz. O dispositivo funciona preso ao braço da pessoa e o app envia orientações ao usuário por meio de fones de ouvido.
Planejado inicialmente para pessoas com deficiência visual, o GuiaVoz pode beneficiar também pessoas que estejam em locais desconhecidos. Em eventos, por exemplo, o aplicativo pode orientar visitantes, facilitando o acesso a salas, laboratórios e auditórios. “Mais que um projeto de tecnologia, o GuiaVoz é um convite à empatia e à inclusão porque une inovação e responsabilidade social, tornando os espaços mais humanos, acessíveis e preparados para todos”, explica o orientador Diogo Robles.
O projeto foi apresentado na 16ª Feteps e testado por visitantes com deficiência visual. As estudantes responsáveis pela inovação, Giovana Silva e Maria do Nascimento, destacaram que o retorno foi bastante positivo e o sistema, aprovado nos testes. “A aceitação pelos usuários reforçou que o GuiaVoz atende uma necessidade real e pode evoluir para ajudar muitas pessoas futuramente”, afirmou Giovana.
Na Etec Profª Marinês Teodoro de Freitas Almeida, as alunas Flávia Toledo, Gabriela Clancher e Giulia Bueno, do curso de Desenvolvimento de Sistemas, também desenvolveram uma tecnologia assistiva para garantir mais autonomia aos deficientes visuais.
O projeto Giglafla: sensor para deficientes visuais consiste num sistema de assistência portátil para pessoas deficientes visuais, baseado na plataforma Arduino e sensor ultrassônico capaz de detectar obstáculos e buracos no caminho.
A detecção é feita por meio da medição contínua entre o sensor e os objetos que estão à frente do usuário e emite alertas sonoros. Segundo Flavia, já existem no mercado dispositivos semelhantes, mas a um custo de R$ 5 mil aproximadamente, enquanto o protótipo desenvolvido pelas alunas tem um custo estimado em R$ 300 reais. “Essa diferença torna o nosso projeto mais acessível e adequado à população com deficiência visual que tem mais restrições financeiras”, afirma.
Para o coordenador do projeto, Daniel Bruno da Silva, a tecnologia assistiva permite integrar o deficiente visual à vida cotidiana e futuramente esse protótipo poderá ser adaptado a diversos formatos de acessórios como bengala, chapéu, cinto e óculos, com acionamento de alerta vibratório que sinaliza obstáculos ou buracos no caminho do usuário. “Acessibilidade não significa apenas permitir o acesso físico, mas também garantir a participação plena das pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida”, afirma.
Geral Quatro dias após ventania, SP tem mais de 60 mil clientes sem luz
Geral Ministério diz que Enel pode perder concessão se não cumprir metas
São Paulo Polícia de São Paulo prende homem acusado de extorquir turistas no aeroporto de Guarulhos
São Paulo Vai usar o metrô para as compras de Natal? Veja dicas de segurança
São Paulo Professora da USP analisa as razões para baixas taxas de vacinação no Brasil e em relação a outros países
Geral Em várias capitais, manifestantes vão às ruas contra PL da Dosimetria Mín. 18° Máx. 30°
Mín. 18° Máx. 27°
ChuvaMín. 18° Máx. 30°
Chuva