O gabinete de crise montado pelo Governo de São Paulo mobiliza esforços nesta quinta-feira (11) para acompanhar os danos causados pela passagem de ventos de mais de 90 km/h que atingiram a Região Metropolitana de São Paulo, onde mais de 1,2 milhão de pessoas estão sem fornecimento de energia elétrica, segundo acompanhamento da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). Representantes da agência estadual acompanham presencialmente os trabalhos para restabelecer a situação na sede da Enel, na capital.
Os trabalhos são monitorados em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na noite desta quarta-feira (10), mais de 2,4 milhões de pessoas estavam sem energia em todo o estado, sendo que 2,2 milhões eram na região metropolitana, área sob concessão da Enel SP. Por volta das 15h desta quinta-feira, ainda havia mais de 1,2 milhão de pessoas sem luz na Região Metropolitana de São Paulo e mais de 100 mil no restante do estado, em áreas atendidas também pela CPFL, Neoenergia Elektro, EDP SP e Energisa Sul-Sudeste.
Desde terça-feira (09), quando foi emitido o alerta sobre a passagem do ciclone, a Defesa Civil estadual colocou mais de 5 mil agentes de prontidão. O órgão está auxiliando a Rede Lucy Montoro na manutenção de geradores de energia com o fornecimento de 250 litros de diesel.
Municípios mais atingidos pela chuva e pelo forte vendaval dos últimos dias, como Guareí e Avaré, no interior do estado, e Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, receberam cestas básicas, kits de limpeza e kits dormitórios para os desabrigados pelas enchentes e deslizamentos.
Procon-SP pede para Enel detalhar estrutura logística de atendimento de campo
O Procon-SP está notificando a concessionária de distribuição de energia elétrica Enel, que atua na Capital e Região Metropolitana de São Paulo, para que informe, de forma clara, qual a sua estrutura logística e plano de contingência para atender situações emergenciais, como a que impacta o fornecimento de eletricidade há mais de 24 horas, com milhões de consumidores prejudicados.
Considerando manifestações anteriores da empresa, inclusive em publicidade, de que possui milhares de equipes de campo trabalhando, o Procon-SP busca verificar a efetividade desta medida, considerando as manifestações de consumidores que reclamam da demora na retomada do fornecimento de eletricidade, contradizendo a empresa.
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Além disso, imagens de garagens da Enel com muitos veículos estacionados, além da constatação de que não há equipes em grande quantidade pelas ruas, motiva a manifestação do Procon-SP, que inclui ainda pedido de esclarecimento sobre, dentre outros, os seguintes pontos:
– Estrutura de atendimento aos consumidores para registro de reclamações (normal e reforçado para atender ao aumento de demanda);
– Plano de contingência e resiliência já mencionados, mas nunca detalhados, para atuação em emergências; ações práticas para atender, emergencialmente, comércios de produtos perecíveis como bares e restaurantes, bem como clientes que necessitam de equipamentos de suporte à vida.
O prazo para a Enel responder às solicitações é de 6 dias.
Abastecimento de água
Parte da Capital e algumas cidades da região metropolitana também estavam sem água nesta quinta-feira. De acordo com a Sabesp, em razão da queda do fornecimento de energia durante as chuvas e vendavais desta terça e quarta-feira, as bombas de água que abastecem as residências não puderam ser acionadas.
Na cidade de São Paulo, seguem afetadas as seguintes regiões: Americanópolis, Cangaíba, Parelheiros, Parque do Carmo, Parque Savoy, Sacomã, Vila Clara, Vila Formosa e Vila Romana. Os bairros próximos a essas regiões também foram prejudicados, pois os reservatórios instalados nesses locais atendem a áreas vizinhas.
Na Grande São Paulo, seguem impactadas totalmente as cidades de Itapecerica da Serra, Guarulhos, Cajamar, Mauá e Santa Isabel.
Parte das cidades de Cotia (região do Atalaia) e São Bernardo do Campo (região do Baeta Neves) também sentem os efeitos da falta de energia.
Parques
Os doze parques urbanos da Capital e da Região Metropolitana que foram fechados de forma preventiva para garantir a segurança e integridade dos visitantes durante a passagem do ciclone foram reabertos e seguem em monitoramento.
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, por meio da Diretoria de Parques Urbanos informa que três parques estaduais registraram impactos mais relevantes em razão das rajadas de ventos desta quarta-feira. No Parque Belém, houve queda de 18 árvores, sendo 12 de grande porte, com equipes atuando desde as primeiras horas na remoção dos galhos e na liberação das áreas.
No Parque Estadual do Tietê (PET), aproximadamente 15 árvores caíram em trilhas e áreas de uso geral. A trilha central já está liberada, enquanto a principal permanece parcialmente interditada. O parque segue sem energia elétrica. No Parque da Juventude, cinco árvores de médio porte caíram; todo o material já foi removido, e as áreas seguem interditadas para vistoria preventiva. O parque está sem energia e opera com geradores para manter serviços essenciais, como as ETECs e a biblioteca.
Os demais parques registraram apenas ocorrências pontuais. Todas as áreas afetadas estão sinalizadas e interditadas conforme necessário. Não há registros de feridos.
SP Sempre Alerta
A operação realizada pela Defesa Civil de São Paulo se destaca pelo uso estratégico do Painel de Inteligência – SP Sempre Alerta, plataforma criada para o monitoramento meteorológico avançado que dá mais precisão e rapidez nas ações de prevenção de impactos nas áreas mais vulneráveis, agilizando o envio de alertas e a atuação das equipes municipais e estaduais.
O gabinete de crise montado pelo Governo de São Paulo garante a integração direta com concessionárias de energia, Corpo de Bombeiros, DER, Fundo Social do Estado e demais órgãos essenciais, permitindo respostas rápidas e coordenadas. Entre as ações prioritárias, estão o restabelecimento emergencial de energia em hospitais da Capital e o apoio técnico às cidades que enfrentaram maior pressão de ocorrências.
Além do gerenciamento operacional, o gabinete também coordena a mobilização de reforços e ajuda humanitária para os municípios que solicitaram apoio.
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