Um projeto de coral e fanfarra na cidade de Salto (a 101 quilômetros da capital) tem melhorado a convivência, as habilidades socioemocionais e favorecido a expressão artística dos estudantes da Escola Estadual Mirinha Tonello. Criada pela professora de história e geografia Fabiana Cristina Rufino de Mello, a iniciativa alcança 60 estudantes da unidade de ensino.
Os estudantes ensaiam duas vezes por semana, tanto no coral, quanto na fanfarra, e o repertório é formado por músicas de MPB, conhecidas nas vozes de Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque, Nara Leão, 14 Bis e Roupa Nova.
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Segundo a professora, o objetivo é oferecer aos estudantes um ambiente de pertencimento e disciplina e fortalecer a relação deles com a escola. A participação é livre e qualquer aluno interessado pode se inscrever. “Quando temos mais alunos do que conseguimos acolher de imediato, organizamos listas de espera e distribuímos as atividades em grupos. O importante é que ninguém fique de fora por falta de oportunidade”, afirma Fabiana.

A professora observa mudanças consistentes nos participantes. “Os alunos amadurecem, ganham responsabilidade, aprendem a trabalhar em grupo e passam a enxergar a escola como um lugar de possibilidades”, explica. Ela relata que muitos estudantes encontraram no coral um ponto de virada, o que reforça o impacto pedagógico do projeto.
Entre esses exemplos está o de Luiz Otávio de Sousa Piveta, de 14 anos de idade, aluno do 9º ano do Ensino Fundamental: “Eu era um aluno indisciplinado. Estava presente só ‘de corpo’ na escola. A cabeça estava longe. Depois que eu entendi o valor da fanfarra e do coral, tudo mudou. Passei a prestar atenção nas aulas, a respeitar os professores. Hoje fico na escola torcendo para o dia não acabar”.
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A influência positiva do projeto na vida do jovem estudante gerou mudanças dentro e fora da sala de aula, o que rendeu até mesmo um prêmio de aluno destaque na unidade escolar. “Eu mudei na escola e em casa. Fiquei mais calmo, mais consciente. Encontrei um propósito. Foi como olhar no espelho e ver o quanto eu mudei. Esse reconhecimento me motivou ainda mais. É só o começo.”
A professora Fabiana compartilha da mesma visão. Para ela, o coral não é apenas um projeto artístico, é um espaço de transformação humana. “Ver esse movimento acontecendo dá novo sentido ao meu trabalho. Ali eu vejo que a educação acontece de verdade.”
O projeto da professora Fabiana já foi desenvolvido em outras duas escolas da rede por onde ela passou: a Escola Estadual Tancredo do Amaral e a Escola Estadual Paula Santos. Neste ano, os mais de 60 estudantes foram convidados para uma celebração de Natal do município, encerrando as atividades do ano.
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