Geral São Paulo
Metrô usa vagões para evacuação em simulação contra alagamento
Ação junto com Defesa Civil preparou funcionários do Metrô para atuar em situações de emergência dentro das estações
31/10/2025 16h02
Por: Redação Fonte: Secom SP

O Metrô de São Paulo realizou um simulado de evacuação na estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna para treinar passageiros e funcionários para situações de alagamento . Na manhã desta sexta-feira (31), equipes da Defesa Civil de São Paulo junto aos funcionários do Metrô se juntaram para executar protocolos internos de segurança e se preparar para eventuais emergências.

A ação ocorreu na Jardim São Paulo-Ayrton Senna, que, em janeiro deste ano, enfrentou um alagamento que inundou a estação. Na época, agentes da Polícia Militar participaram do resgate de passageiros . De lá para cá, o Metrô de São Paulo investiu em uma série de melhorias na infraestrutura da estação, que incluem incrementos na drenagem e aumento da segurança operacional. O objetivo é minimizar os impactos das chuvas.

“Temos um protocolo dedicado para esse tipo de situação de alagamento. A ideia aqui foi experimentar uma situação próxima da realidade para atender de forma rápida em uma situação de emergência. O Metrô sempre fez muitos treinamentos para capacitar a equipe. Esse simulado corroborou isso”, explica Gildo Prado, chefe do Departamento de Estações do Metrô.

Durante o simulado, um grupo de alunos da turma de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho do Senac junto a outros voluntários reproduziram dois cenários: o de passageiros que embarcaram na estação Jardim São Paulo e usaram os trens para evacuar e aquele em que passageiros desembarcam nos trens, mas se mantêm nos trens para sair do local.

Funcionários do Metrô foram testados para orientar passageiros em momentos de tensão. Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

Cerca de 30 minutos antes de o simulado começar, todas as pessoas presentes nas imediações da estação e cadastradas no sistema SMS 40199 da Defesa Civil receberam um alerta indicando a realização da simulação. Além disso, o Metrô reforçou a comunicação para garantir impactos mínimos na circulação de passageiros durante o simulado.

Protocolos de emergência

Em uma situação real, o Metrô de São Paulo aumenta a circulação de trens e envia vagões vazios especialmente para a estação alagada. Além disso, a população também conta com os alertas da Defesa Civil diretamente no celular para prever chuvas e temporais e, assim, evitar circular em locais de risco, como estações sujeitas a alagamento.

O Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da Defesa Civil também tem contato direto com o Centro de Controle Operacional (CCO) do Metrô de São Paulo de forma a prevenir situações de risco para os passageiros.

“Treinamos os funcionários com um plano de evacuação. Caso tenhamos chuvas fortes novamente, a Defesa Civil manda o alerta para o Metrô e para a população e o plano é iniciado. Todos os funcionários direcionam as pessoas para a plataforma, um trem vazio para, todos embarcam e garantimos que a plataforma esteja vazia”, explica o tenente Maxwell de Souza, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo.

Para a população, a recomendação é acompanhar a previsão do tempo e obedecer às recomendações dos alertas da Defesa Civil, além de seguir as orientações de funcionários do Metrô.

Melhorias na estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna

A estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna passou por diversas intervenções. A Companhia destaca o reforço de muros com materiais de metal, além do aumento do comprimento da mureta para contenção de fluxo de água. Também foi realizada a construção de uma barreira para direcionar o escoamento de água para ruas laterais. A estação também conta com grelhas para impedir o acúmulo de lixo em “bocas de lobo”.

Além disso, foram realizadas melhorias no sistema de bombeamento, por exemplo, com a implementação de um kit de bombas de emergência. O equipamento é utilizado em situações em que há necessidade de drenagem, o que aumenta a prontidão operacional.

Também foi instalada uma chave na Sala de Supervisão Operacional (SSO) que permite o desligamento da linha de bloqueios (catracas) em situações de inundação, eliminando riscos de choque elétrico e elevando a segurança e a confiabilidade do sistema.

No dia 24 de janeiro deste ano, uma forte tempestade atingiu a cidade de São Paulo e provocou uma intensa enxurrada que invadiu a estação e interrompeu a circulação dos trens no trecho até que tudo fosse normalizado.

O elevador da estação foi totalmente danificado, exigindo uma reconstrução quase total. Para retomar o funcionamento, foi realizada a substituição de diversos componentes críticos, como painel de força e comando, central hidráulica, espelho, portas de cabine, barreira eletrônica, motor e módulo de porta, botoeiras, cabeamento elétrico, caixa de inspeção e displays.