Mogi das Cruzes Semae
Semae Mogi das Cruzes amplia em 21% a limpeza de redes de esgoto e orienta uso correto do sistema
Autarquia realizou 230 km de limpeza entre janeiro e novembro; população é alertada sobre riscos de ligações irregulares e descarte inadequado
09/12/2025 19h38
Por: Redação

O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) de Mogi das Cruzes ampliou em 21% a limpeza de redes de esgoto em 2025. Entre janeiro e novembro, foram higienizados 230 quilômetros de tubulações, ante os 190 quilômetros do mesmo período do ano anterior. A ação, feita de forma preventiva e corretiva, envolve sucção de detritos e jateamento de água sob pressão.

De acordo com o chefe da Divisão de Manutenção de Redes de Esgoto, Rafael Regueiro, o acréscimo de 40 quilômetros representa cerca de 400 ordens de serviço adicionais.

“O aumento das lavagens de rede reduziu em 3% o número de reclamações de vazamento de esgoto, para o mesmo período, ou cerca de 200 reclamações a menos”, explica Regueiro.

Chuvas de verão exigem atenção redobrada

Com a aproximação do período de chuvas intensas, o Semae reforça a orientação aos moradores para manterem a separação correta entre os sistemas de drenagem pluvial e de esgotamento sanitário. A autarquia alerta que calhas, ralos e áreas externas não podem ser conectados à rede de esgoto, mas sim às ruas, bocas de lobo e galerias pluviais.

Segundo o Departamento de Operações do Sistema de Esgotamento Sanitário, as ligações irregulares provocam transtornos tanto para moradores quanto para a autarquia, gerando maior demanda por manutenção, atrasos no atendimento e aumento dos custos operacionais.

O volume de água da chuva que chega indevidamente à rede de esgoto também leva terra e sedimentos para dentro das tubulações, o que eleva o risco de entupimentos e pode causar extravasamentos visíveis nas vias públicas após períodos chuvosos.

Retorno de esgoto nas residências

Um dos problemas mais graves decorrentes da mistura das redes é o retorno de esgoto para dentro dos imóveis. Quando a quantidade de água pluvial que entra nas tubulações ultrapassa a capacidade de vazão do sistema, o fluxo volta para as residências, causando prejuízos e riscos sanitários.

Descarte irregular de lixo ainda é um desafio

O Semae alerta que materiais sólidos continuam sendo um dos principais responsáveis por obstruções. Durante manutenções, equipes frequentemente retiram das tubulações itens como gordura solidificada, fraldas descartáveis, preservativos, lenços umedecidos, pedaços de pano e excesso de papel higiênico.

Além de entupimentos e mau cheiro, o descarte inadequado sobrecarrega estações elevatórias e cestos de gradeamento, aumentando as despesas operacionais e exigindo mais intervenções emergenciais.

Soluções e recomendações

Para os reparos emergenciais, a autarquia utiliza caminhões combinados capazes de fazer a sucção de resíduos e o jateamento interno das tubulações. No entanto, o Semae reforça que tais ações são paliativas.

“A solução definitiva depende do uso responsável da rede. É essencial que os responsáveis pelos imóveis verifiquem o correto escoamento da água de chuva e não descartem resíduos no vaso sanitário”, orienta a autarquia.

O Semae conclui que o bom funcionamento do sistema de esgoto depende tanto das ações de manutenção quanto da colaboração diária dos moradores.